quinta-feira, 2 de julho de 2015

Você.

Você é meu sorriso bobo,
meu olhar perdido,
minha risada sem jeito,
minha bochecha rosada,
minha saudade precoce,
meu coração sem ritmo,
minhas palavras foragidas,
meus pensamentos bagunçados,
minha guerra pacífica,
minha paixão silenciosa.

domingo, 31 de maio de 2015

Completa. Cheia. Feliz.

Estou completa. Estou cheia. Estou feliz.

Estou satisfeita com meu trabalho. Estou contente com meus estudos. Estou tranquila com meu dinheiro. Estou feliz com a seleção natural que anda acontecendo entre as pessoas que me rodeiam. Estou dançando. Estou cantando. Existe até teatro no horizonte. Estou andando na direção que planejei para esse ano.

Deus está tomando conta da minha felicidade com um carinho que só Ele pode dar e a sensação é maravilhosa. Nada é perfeito, mas eu simplesmente não me sinto sequer com vontade e, muito menos, no direito de reclamar de absolutamente nada na minha vida. E, admito, isso é novidade. 

Estou feliz comigo mesma. Estou feliz com quem sou, com quem me tornei. Estou feliz com meus sonhos e com minha realidade.

E em oração, eu olho para meu sentimento de conquista, de preenchimento e me pergunto o que falta. Nada.

Não falta nada.


quinta-feira, 26 de março de 2015

A essência não muda.

Porque eu sou assim, sou mulher, sou humana. Tenho sonhos, tenho desejos, tenho ambições, tenho medos, tenho receios. Eu me entristeço, me alegro, me emociono, me preocupo. Sou chorona, sou sorridente, sou uma hoje, outra amanhã, sou de lua. Sou esquecida, sou desatenta, sou preguiçosa, sou desastrada,sou desorganizada, sou perfeccionista. Sou carinhosa, sou carente, sou gentil, sou educada, sou grossa, sou rancorosa. Sou sensível, sou escrupulosa, sou vulnerável, sou fraca, sou medrosa, sou decidida, sou perseverante. Sou romântica, sou apaixonada, sou amiga, sou sincera, sou orgulhosa, sou ciumenta, sou desapegada.
Porque eu sou assim, sou contraditória. Sou defeitos, sou qualidades, dois corpos ocupando o mesmo espaço. Simples assim... ou nem tanto.

(2010)

quinta-feira, 19 de março de 2015

Transborda

Porque tirar um tempo só pra você de vez em quando é bom. Cuide de si, cuide do cabelo, cuide da pele, mas principalmente cuide da alma. Olhe-se no espelho e sinta-se linda, mas principalmente olhe-se no espelho e sinta-se completa, sinta-se feliz. Aprecie o que tem e lute pelo que quer (e vale a pena). Elimine da sua vida tudo o que não lhe acrescenta, afinal se você é completa e suficiente por si só, procure permitir apenas a estadia do que te transborda.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Não cabia mais em mim.

Por que às vezes é tão difícil desistir de algo/alguém e às vezes é tão fácil? Eu passei por uma situação contraditória uns meses atrás, onde em uma fração de segundo, meu coração se desligou de algo pelo qual eu simplesmente não conseguia abrir mão por motivo nenhum pelos últimos 5 anos.

Com um certo tempo passado, hoje eu consigo enxergar melhor as coisas, com a cabeça mais fria e o coração mais calmo. Na hora, eu fiquei atordoada com a rapidez da mudança, principalmente porque foi completamente involuntário. Num segundo eu queria, no próximo não queria mais. Foi simples assim e tudo que eu conseguia pensar era "Como?", "Como eu não consegui me livrar desse sentimento durante tanto tempo, mesmo sofrendo que nem uma porca, e agora, do nada, bum!?" De repente, não tinha nem lágrima para cair. Nada. Não havia nada. Não havia alegria, não havia tristeza, não havia amor, não havia ódio, não havia expectativa. Só havia leveza.

Hoje, eu olho para trás e vejo que não foi tão de repente assim. A mudança foi repentina sim, mas foi consequência de um processo longo e doloroso de aceitação. Sabe quando dizem "Aceita que dói menos."? Era disso que eu precisava, aceitar que tudo aquilo não cabia mais no meu futuro, não cabia mais nem nos meus sonhos, não cabia mais em mim. Eu estava tão cheia dessa confusão que eu não conseguia nem me achar aqui dentro.
Estava tudo errado. Eu não sei se eu não queria ou não conseguia admitir, mas eu sabia que estava tudo errado e não conseguia fazer nada a respeito. Eu estava coberta de esforços desnecessários, de sentimentos desnecessários e quando tudo isso foi embora, eu fiquei tonta durante uns dias. Passei tanto tempo apoiada num sentimento e focada em todos os outros sentimentos que ele gerava e agora eu tinha que andar por contra própria. E deixa eu dizer, é gostoso andar por conta própria.

Claro que eu não estou literalmente por conta própria, tenho Deus comigo. Mas pela primeira vez em muito tempo não precisei que Deus me carregasse no colo. Pela primeira vez, eu fui capaz de andar ao seu lado com minhas próprias pernas.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Nua.

Faz um tempo que venho querendo escrever. Sempre gostei de escrever e faz tempo que não o faço. Eu já tive alguns blogs e sou apegada o suficiente para não ser capaz de excluí-los. Mas por que um blog novo? Porque eu me sinto nova, completa e incontrolavelmente diferente. E a mudança foi assim, de repente. Tão de repente que meu corpo ainda está se ajustando a minha nova mente. Com essa nova mente, veio um punhado de pensamentos renovados. Uma sanidade louca sobre todas as mais diversas áreas da minha vida. Como venho dizendo, não sei se me achei ou me perdi, mas esse é o novo eu e estou gostando dele.

Mas essa nova versão é melhor ou pior? Não sei, mas será que realmente importa? Estou em constante metamorfose. Apesar de ser teimosa como uma mula, sempre gostei de transformações. Sim, é contraditório, mas talvez essa seja a graça.

E quanto tempo vai durar? Também não sei, espero que o suficiente para que eu possa extrair o aprendizado necessário. Sempre encarei a mudança como parte do processo de amadurecimento e eu sinto como se estivesse 100 anos mais velha. O ano de 2015 veio com tudo para cima de mim e estou encarando de peito aberto. Não que eu veja a virada do ano como um divisor de águas como alguns muitos fazem. Prometem mil mudanças e atitudes para o novo ano. Acho isso um erro. Acho que todo dia é um novo dia, aliás, todo minuto é um novo minuto. A todo momento, você tem a oportunidade de tomar uma atitude diferente, começar algo novo ou até mesmo ser alguém novo. Essa ideia de "deixar para começar na segunda-feira" é um atraso de vida. No meu caso, foi coincidência mesmo, todo esse revertério na virada do ano. E parte involuntário também. Muita coisa eu achei por bem que estava na hora de mudar, deixar para trás, mas a maioria, quando me dei conta, já estava diferente. E, admito, foi um pouco chocante a imagem que vi no espelho. "Quem é essa? Sou eu mesmo? E esse sorriso, veio de onde?". No final do ano passado, passei por algumas turbulências e todo mundo, inclusive eu, esperava que eu rastejasse no fundo do poço por um tempo. E eu de fato, fiz, não vou mentir, mas por exatamente duas semanas. E num estalo de realidade, entre uma batida e outra de coração, de alguma forma ainda inexplicável, eu abri os olhos para um mundo completamente desconhecido e cheio de novas oportunidades de crescimento pessoal. Eu sentei, sozinha, por noites e analisei absolutamente todo o meu presente de todos os ângulos possíveis. Com calma e sem dó, cortei o que tinha de ser cortado e investi no que achei que devia investir. Descobri que cortar é fácil quando se encara com clareza as razões, mesmo com toda a minha mania de esmurrar a ponta da faca. Difícil mesmo está sendo investir... E se der errado?

Mas e se der certo, mulher?

Estou aprendendo a passar por cima das inseguranças de forma racional. Estou simplificando as situações. Cansada de complicação, quero praticidade, felicidade. Quero sorrir mais, quero dançar mais, quero trabalhar mais, quero me divertir mais, quero amar mais. Quero eu mais. Mais inteira, mais completa, mais vivida, mais madura, mais ruiva.

Com todas essas novas idéias, opiniões e sentimentos, o blog será a válvula de escape do turbilhão que é minha mente. Fique à vontade para participar da loucura, mas que fique claro, de antemão, que quando escrevo, tiro fora toda e qualquer proteção. Cada palavra em sua pura transparência. Sem timidez, sem medo. Quando escrevo, escrevo nua.