Faz um tempo que venho querendo escrever. Sempre gostei de escrever e faz tempo que não o faço. Eu já tive alguns blogs e sou apegada o suficiente para não ser capaz de excluí-los. Mas por que um blog novo? Porque eu me sinto nova, completa e incontrolavelmente diferente. E a mudança foi assim, de repente. Tão de repente que meu corpo ainda está se ajustando a minha nova mente. Com essa nova mente, veio um punhado de pensamentos renovados. Uma sanidade louca sobre todas as mais diversas áreas da minha vida. Como venho dizendo, não sei se me achei ou me perdi, mas esse é o novo eu e estou gostando dele.
Mas essa nova versão é melhor ou pior? Não sei, mas será que realmente importa? Estou em constante metamorfose. Apesar de ser teimosa como uma mula, sempre gostei de transformações. Sim, é contraditório, mas talvez essa seja a graça.
E quanto tempo vai durar? Também não sei, espero que o suficiente para que eu possa extrair o aprendizado necessário. Sempre encarei a mudança como parte do processo de amadurecimento e eu sinto como se estivesse 100 anos mais velha. O ano de 2015 veio com tudo para cima de mim e estou encarando de peito aberto. Não que eu veja a virada do ano como um divisor de águas como alguns muitos fazem. Prometem mil mudanças e atitudes para o novo ano. Acho isso um erro. Acho que todo dia é um novo dia, aliás, todo minuto é um novo minuto. A todo momento, você tem a oportunidade de tomar uma atitude diferente, começar algo novo ou até mesmo ser alguém novo. Essa ideia de "deixar para começar na segunda-feira" é um atraso de vida. No meu caso, foi coincidência mesmo, todo esse revertério na virada do ano. E parte involuntário também. Muita coisa eu achei por bem que estava na hora de mudar, deixar para trás, mas a maioria, quando me dei conta, já estava diferente. E, admito, foi um pouco chocante a imagem que vi no espelho. "Quem é essa? Sou eu mesmo? E esse sorriso, veio de onde?". No final do ano passado, passei por algumas turbulências e todo mundo, inclusive eu, esperava que eu rastejasse no fundo do poço por um tempo. E eu de fato, fiz, não vou mentir, mas por exatamente duas semanas. E num estalo de realidade, entre uma batida e outra de coração, de alguma forma ainda inexplicável, eu abri os olhos para um mundo completamente desconhecido e cheio de novas oportunidades de crescimento pessoal. Eu sentei, sozinha, por noites e analisei absolutamente todo o meu presente de todos os ângulos possíveis. Com calma e sem dó, cortei o que tinha de ser cortado e investi no que achei que devia investir. Descobri que cortar é fácil quando se encara com clareza as razões, mesmo com toda a minha mania de esmurrar a ponta da faca. Difícil mesmo está sendo investir... E se der errado?
Mas e se der certo, mulher?
Estou aprendendo a passar por cima das inseguranças de forma racional. Estou simplificando as situações. Cansada de complicação, quero praticidade, felicidade. Quero sorrir mais, quero dançar mais, quero trabalhar mais, quero me divertir mais, quero amar mais. Quero eu mais. Mais inteira, mais completa, mais vivida, mais madura, mais ruiva.
Com todas essas novas idéias, opiniões e sentimentos, o blog será a válvula de escape do turbilhão que é minha mente. Fique à vontade para participar da loucura, mas que fique claro, de antemão, que quando escrevo, tiro fora toda e qualquer proteção. Cada palavra em sua pura transparência. Sem timidez, sem medo. Quando escrevo, escrevo nua.

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