segunda-feira, 8 de maio de 2017

Sangue



Sangue. O sangue que nasce na alma, brota nos olhos e escorre pela face.
Sangue que se perde no caminho dos olhos e revira o estômago, retrai o ser, alucina a mente.
Aquele que a realidade te apresenta, que queima como o insuportável sol, mas que por uma força vinda do mais profundo das entranhas você suporta.
Sangue que, afinal encontra seu destino, de tão exausto perde a cor e ironicamente brilha em seu rosto.

Nylla

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Timing

Robin: If you have chemistry you only need one other thing.
Ted: And what's that?
Robin: Timing... But timing's a bitch.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Você.

Você é meu sorriso bobo,
meu olhar perdido,
minha risada sem jeito,
minha bochecha rosada,
minha saudade precoce,
meu coração sem ritmo,
minhas palavras foragidas,
meus pensamentos bagunçados,
minha guerra pacífica,
minha paixão silenciosa.

domingo, 31 de maio de 2015

Completa. Cheia. Feliz.

Estou completa. Estou cheia. Estou feliz.

Estou satisfeita com meu trabalho. Estou contente com meus estudos. Estou tranquila com meu dinheiro. Estou feliz com a seleção natural que anda acontecendo entre as pessoas que me rodeiam. Estou dançando. Estou cantando. Existe até teatro no horizonte. Estou andando na direção que planejei para esse ano.

Deus está tomando conta da minha felicidade com um carinho que só Ele pode dar e a sensação é maravilhosa. Nada é perfeito, mas eu simplesmente não me sinto sequer com vontade e, muito menos, no direito de reclamar de absolutamente nada na minha vida. E, admito, isso é novidade. 

Estou feliz comigo mesma. Estou feliz com quem sou, com quem me tornei. Estou feliz com meus sonhos e com minha realidade.

E em oração, eu olho para meu sentimento de conquista, de preenchimento e me pergunto o que falta. Nada.

Não falta nada.


quinta-feira, 26 de março de 2015

A essência não muda.

Porque eu sou assim, sou mulher, sou humana. Tenho sonhos, tenho desejos, tenho ambições, tenho medos, tenho receios. Eu me entristeço, me alegro, me emociono, me preocupo. Sou chorona, sou sorridente, sou uma hoje, outra amanhã, sou de lua. Sou esquecida, sou desatenta, sou preguiçosa, sou desastrada,sou desorganizada, sou perfeccionista. Sou carinhosa, sou carente, sou gentil, sou educada, sou grossa, sou rancorosa. Sou sensível, sou escrupulosa, sou vulnerável, sou fraca, sou medrosa, sou decidida, sou perseverante. Sou romântica, sou apaixonada, sou amiga, sou sincera, sou orgulhosa, sou ciumenta, sou desapegada.
Porque eu sou assim, sou contraditória. Sou defeitos, sou qualidades, dois corpos ocupando o mesmo espaço. Simples assim... ou nem tanto.

(2010)

quinta-feira, 19 de março de 2015

Transborda

Porque tirar um tempo só pra você de vez em quando é bom. Cuide de si, cuide do cabelo, cuide da pele, mas principalmente cuide da alma. Olhe-se no espelho e sinta-se linda, mas principalmente olhe-se no espelho e sinta-se completa, sinta-se feliz. Aprecie o que tem e lute pelo que quer (e vale a pena). Elimine da sua vida tudo o que não lhe acrescenta, afinal se você é completa e suficiente por si só, procure permitir apenas a estadia do que te transborda.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Não cabia mais em mim.

Por que às vezes é tão difícil desistir de algo/alguém e às vezes é tão fácil? Eu passei por uma situação contraditória uns meses atrás, onde em uma fração de segundo, meu coração se desligou de algo pelo qual eu simplesmente não conseguia abrir mão por motivo nenhum pelos últimos 5 anos.

Com um certo tempo passado, hoje eu consigo enxergar melhor as coisas, com a cabeça mais fria e o coração mais calmo. Na hora, eu fiquei atordoada com a rapidez da mudança, principalmente porque foi completamente involuntário. Num segundo eu queria, no próximo não queria mais. Foi simples assim e tudo que eu conseguia pensar era "Como?", "Como eu não consegui me livrar desse sentimento durante tanto tempo, mesmo sofrendo que nem uma porca, e agora, do nada, bum!?" De repente, não tinha nem lágrima para cair. Nada. Não havia nada. Não havia alegria, não havia tristeza, não havia amor, não havia ódio, não havia expectativa. Só havia leveza.

Hoje, eu olho para trás e vejo que não foi tão de repente assim. A mudança foi repentina sim, mas foi consequência de um processo longo e doloroso de aceitação. Sabe quando dizem "Aceita que dói menos."? Era disso que eu precisava, aceitar que tudo aquilo não cabia mais no meu futuro, não cabia mais nem nos meus sonhos, não cabia mais em mim. Eu estava tão cheia dessa confusão que eu não conseguia nem me achar aqui dentro.
Estava tudo errado. Eu não sei se eu não queria ou não conseguia admitir, mas eu sabia que estava tudo errado e não conseguia fazer nada a respeito. Eu estava coberta de esforços desnecessários, de sentimentos desnecessários e quando tudo isso foi embora, eu fiquei tonta durante uns dias. Passei tanto tempo apoiada num sentimento e focada em todos os outros sentimentos que ele gerava e agora eu tinha que andar por contra própria. E deixa eu dizer, é gostoso andar por conta própria.

Claro que eu não estou literalmente por conta própria, tenho Deus comigo. Mas pela primeira vez em muito tempo não precisei que Deus me carregasse no colo. Pela primeira vez, eu fui capaz de andar ao seu lado com minhas próprias pernas.